A quem interessar possa.
Aos irmãos e irmãs planetários.
Até quando o isolamento do nosso planeta? Até quando essa solidão cósmica?
Será que estamos fadados eternamente a pensar que estamos sós no universo?
Poucos percebem mas, quanto mais se conhece um assunto menos opinião se tem a seu respeito já que, opinião por opinião, todo ser humano tem uma a respeito de qualquer coisa ou sobre tudo o que é tema. Os bons cientistas, de modo prudente, quando conhecem a fundo o assunto, falam sobre o que sabem com desenvoltura; quando não sabem, economizam nas palavras porque não é da boa prudência opinar sobre o que desconhecem.
Opiniões há que colaboram com o progresso das idéias; críticas existem que convidam ao redimensionamento das idéias e das atitudes, o que é sempre muito bem vindo aos que permanecem abertos ao progresso pessoal. Porém, para os “sempre” apressados críticos que desconhecem o tema que abordam com suas opiniões superficiais e sem conteúdo — apesar de se sentirem como donos da verdade — parece que esta humanidade deverá permanecer isolada da convivência cósmica, pelo menos até que eles mudem de idéia, sejam generosos e permitam que algo possa acontecer, ainda que de uma maneira que lhes possa parecer estranha ou que não se enquadre no que julgam como sendo correto ou razoável. Pontificam acerca de verdades que desconhecem e sobre temas de livros que jamais leram, permanecendo, contudo, na pose de pavões apaixonados pela beleza estéril do barulho das suas vozes que, se preenchem espaços a sua volta, nada acrescentam à busca da verdade. Opinam por opinar.
Criticar por criticar parece ser o esporte predileto dos desempregados do progresso humano porque se buscadores sinceros fossem, antes de metralharem a esmo as suas opiniões apressadas se dariam ao trabalho de pesquisar o tema do qual se julgam donos.
Esses críticos, cheios de opiniões mas vazios de conteúdo, não costumam opinar sobre a teoria da relatividade ou mesmo sobre a mecânica quântica. Porém, são compulsivos sobre assuntos em relação aos quais também nada sabem, porque importa aos seus viciados psiquismos a disputa de opiniões dos egos alterados, mas não a troca de informações e de argumentos que possam engrandecer a abordagem das matérias e a percepção dos novos painéis que compõem a rica realidade que nos envolve.
Chega a ser deprimente perceber como alguns desses críticos têm opinião sobre temas como “vida extraterrestre”, “reencarnação”, “a prometida volta de Jesus”, dentre outros, sendo estes as três principais vítimas da ignorância intelectual dos compulsivos vomitadores de opiniões apressadas, mas que não demonstram possuir “cinco minutos de reflexão” sobre os assuntos ou mesmo as necessárias horas que fossem de leitura crítica a respeito. Contudo, são “contra” a existência da vida extraterrestre, “contra” a reencarnação e “contra” o prometido retorno de Jesus como se, em relação a esses assuntos, posturas desse naipe tivessem lugar. Lamentável! Do jeito que vai o reinado das opiniões tresloucadas um pouco mais e se posicionarão “contra” a teoria da relatividade e da mecânica quântica.
O pior é que, alguns deles, costumam usar a Bíblia como argumento para as suas posições contrárias, mas, na sua maioria, jamais a leram ou, se o fizeram, despedaçaram as páginas dos setenta três livros que a compõem – a versão Vulgata – por entre as doses do tragicômico apetite costumeiro aos vorazes defensores da fé religiosa a que estão filiados, encontrando apenas a “verdade” que desejam encontrar. Sancta Simplicitas!
Importa perceber que o tempo dos ruidosos uivos dos lobos que assustam os incautos já acabou. Ainda ecoa, sim, a repercussão das suas acusações à honra de quem não se submete ao jugo doentio e fanatizado das suas crenças pessoais. O brado das suas vozes somente assusta aos que vivem do medo, financiadas pelo criminoso pavor ao demônio, símbolo da cretinice humana imposto pelas elites religiosas que pretendem a dominação, mas não a libertação dos ditos seres pensantes da Terra.
Ao longo da minha busca, tenho percebido que melhor é arquitetar perguntas, que geram a reflexão, e apontar alternativas do que pretender apresentar “respostas conclusivas” — como se verdades fossem — as quais, aos olhos dos adeptos do fervoroso hábito de ser “contra” ou a “favor” de alguma coisa, sempre teriam o condão de encerrar os assuntos.
Ledo engano. A evolução do pensamento humano se dá por avanços em torno da percepção da realidade, nos seus múltiplos níveis de expressão que hoje a visão quântica nos fornece, e não pela preguiçosa inércia dos que passam a crer nas respostas dadas com base em opiniões simplórias desta ou daquela pretensa autoridade.
Opinião por opinião, cada individualidade deve ter a sua, se achar que deve, em relação a qualquer assunto. O que não se pode aceitar, como benéfico para o progresso da vida, é que alguém pretenda impor o teor das que lhes são próprias sobre os ombros alheios, ou simplesmente passe a desqualificar a honra de outrem por mera esquisitice moral, em especial por não compreender sequer o ponto de vista que ataca com a costumeira sanha que caracteriza o nervosismo doentio dos pretensos donos da verdade.
Cada ser humano pode e deve ter o direito de expressar livremente suas opiniões e crenças, certas ou não, sem que com isso tenha que subir ao cadafalso construído pela grosseria alheia.
Faço o que posso, de acordo com os objetivos que me movem, e exerço com destemor o direito que me é inalienável de expressar o que penso e o que julgo provável, ou mesmo o de reproduzir opiniões e solicitações de inteligências outras que, se não percebidas claramente pela visão comum da espécie homo sapiens, não deixam, por isso, de existirem, e nem muito menos devem pedir licença à ignorância humana para tanto. Não perco tempo — e nem o faria por questão de princípio — tentando convencer ninguém sobre coisa alguma. Por isso, nos livros que produzo e nas palestras que profiro, procuro sempre deixar clara a flagrante pequenez que me marca, e sempre solicito prudência para que os assuntos abordados sejam tratados de forma crítica, reflexiva, sem o adorno da crença ou do dogma. Mais do que isso não devo e nem posso intentar fazer. Ainda assim, sou premiado com opiniões de toda ordem que desconhecem por completo os elementos que me envolvem a atitude pessoal. Que seja!
Não vou, porém, deixar de agir como acho que devo, somente para me enquadrar no que o senso comum, da média das pessoas da espécie a que pertenço, possa achar sobre isto ou aquilo. “Deus me livre de ser normal”, diz o professor Hermógenes de Souza, apontando, de forma genial, para o comportamento “normóide” do senso doentio comum aos homens e mulheres da Terra. As doenças que me são próprias apontam noutro sentido.
Prefiro ousar, atendendo aos ditames do meu código de conduta, mesmo sabendo do alto preço a ser pago diante do impiedoso julgamento dos “inquisidores da verdade” — assim tida pelas suas opiniões pessoais — do que me submeter ao jugo do processo de cretinice que vem marcando o lento e trôpego caminhar desta tresloucada família planetária que, de tão cega, sequer consegue se enxergar como tal. Perdida que está por entre as percepções dos seus pares que ressaltam a “minha opinião”, a “minha religião”, o “meu país”, em detrimento do “nosso planeta”, da “vida coletiva”, a nossa espécie mais parece algoz do destino que ela terá um dia que construir — isso se quiser ter realmente algum futuro.
Fazer o quê, diante dos que são especialistas na utilização do pronome possessivo da primeira pessoa do singular, cegos e esquecidos que estão para a importância da pluralidade, único modo que temos de levar adiante a vida no nosso berço planetário? Cegos que pretendem guiar cegos, que não caminham nem deixam os que lhe estão submissos progredir. A isso não me submeto e num muito menos ao falso reinado das “opiniões pavoneadas”.
Tenho consciência de que, segundo os critérios da ótica terrena, deveria permanecer estacionado no “mesmismo” confortável dos que se quedam ao conformismo, sem correr riscos, sem se expor à crítica, o que é compreensível. Se fosse para atender aos ditames do que resta do meu ego, seguramente não correria riscos aparentemente desnecessários. Entretanto, não é o que se observa a partir dos valores terrenos o que me move, mas sim, as premissas de uma outra ótica e de uma outra ética que se situam um pouco mais além do horizonte do que se costuma ter como sendo o “comum” na Terra.
Sei que um dia, num futuro não tão distante assim, o chamado senso comum achará ridículo alguém ter pago algum tipo de preço por tentar semear idéias e vislumbres em torno de outros painéis da vida. Por agora, sei do ridículo com que me cobrem os julgamentos alheios, mas destes não ouso cuidar por uma questão bem simples: cuido, sim, do juízo que faço acerca de terceiros, pois sobre isso tenho responsabilidade moral.
Quanto ao juízo com que me medem não me compete avaliar. Assim, que seja esta a minha cota nessa história: a do ridículo. Abraço-a com toda tranquilidade d´alma.
Estou simplesmente me atrevendo a ser honesto comigo mesmo, apesar de saber estar confrontando o peso da opinião alheia, sem nada esperar de positivo, posto que impossível. Além do mais, dentre os muitos defeitos que ainda me marcam a personalidade, a ingenuidade por aqui não ousa mais ter lugar tão grande tem sido o esforço — dos que se arvoram como “defensores da pureza doutrinária” para agredir a honra de outrem — em provar, com isso, que nem boa norma de conduta se deve esperar das fervorosas elites que a tanto se propõem.
Aclamam o Cristo, endeusam-no, mas não o levam a sério! Não seria ingênuo a tal ponto, pois sei que os assuntos que costumo enfocar ferem o indisfarçável orgulho espiritual dos que se julgam “donos das verdades” religiosas, dentre outras. Além do que, conheço por demais as esquisitices morais que lhes são comuns para algo esperar de agradável com minha atitude, se por bem menos já costumo ser premiado com as suas deploráveis expressões de “ira santa”.
Obviamente, por força da condição humana em que se insere o meu espírito, sei da razoável cota de possibilidade de existir equívoco de minha parte e isso o reafirmo. Caso venha a se confirmar o equívoco em torno da chegada dos nossos irmãos de outros orbes, simplesmente apresentarei minhas desculpas, sem maiores explicações, e me submeto ao preço que tiver que ser pago, sem perder de vista o senso de ternura que tenho pela vida e pelos que me são semelhantes. Nada espero!
Apesar disso, não posso agir de modo diferente, pois procuro não transigir em matéria de princípio de vida, mesmo que a perca ou ainda que aparentemente a danifique por força das incursões da grosseria alheia. Aos que assim têm me privilegiado com suas expressões pouco amistosas diante da minha atitude e dos livros que produzo, apresento as minhas melhores expressões de ternura, de compreensão e de tolerância, por saber que a vida é ainda muito mais bela e generosa do que conseguimos imaginar a partir da nossa tosca e viciada ótica terrestre.
Independente de se cumprirem ou não os eventos apontados nos livros que me foram encomendados por amigos de outros rincões existenciais, acreditem-me ou não, sobra-me paz de espírito para continuar a eterna caminhada, aqui e alhures, a que nos convida a generosidade da vida cósmica, pois nada do que faço a pedido deles, ou mesmo por força dos princípios que me regem a existência, é movido por questões de ego ou do que dele possa restar.
Como Jesus nos orientou, através de Judas Tomé, no chamado “Quinto Evangelho”, sou dos que pensam que devemos nos esforçar por perceber o que está à vista e, assim, o que está oculto nos será então evidente. Um pouco mais, quem sabe...
Sejamos, pois, caminhantes que jamais se detêm na tentativa de contribuir para a construção do Ideal de Fraternidade aqui na Terra como em todos os quadrantes universais, independente do falso reinado das opiniões apressadas.
Rogério de Almeida Freitas
(Jan Val Ellam)
Cidadão planetário – brasileiro de nascimento.
Em 30/09/06.
Um comentário:
Muito obrigado pelo seu trabalho e elucidações Ellam. apesar do espinheiro, há muita gente com voce nessa empreitada. e ao autor do blog, mto obrigado tbm pelo espaço dedicado.
fiquem com Deus.
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