19 fevereiro, 2006

21) A volta do Mestre - Parte 3 (Jan Val Ellam)

É imperioso perceber que muitos acham que, em nenhuma hipótese, existe a possibilidade de Jesus voltar à Terra, apesar de conhecerem o compromisso por ele assumido quando aqui esteve. Essa
certeza, produto da equivocada ótica terrena que tem como base apenas o orgulho intelectual do que se pensa saber, pode levar os que assim pensam a se surpreenderem com os dias de um futuro que está cada vez mais próximo.
Se bem analisarmos, a "única promessa dos céus" para os que vivem na Terra - que esteja registrada no conhecimento do mundo – é justamente a da volta do Cristo. Não há outra. Esta é a única
esperança da quebra da mesmice terrestre, que nos ilude a ponto de pensarmos que somos a única expressão de vida no cosmos.

Existem, na Sagrada Escritura, conforme aferição dos protestantes, cerca de 2.500 citações referentes à volta do Senhor. Somente no Novo Testamento, encontra-se expressa em 318 oportunidades
a promessa de seu retorno. É de se perguntar quem tem estatura moral para afirmar que tudo isso é mera questão de simbologia. Infelizmente, muitos assim afirmam.

Esquecem-se, entretanto, que, quando em vida terrena, Jesus prometeu ressuscitar e ressuscitou, apesar de nem mesmo os apóstolos acreditarem que tal fato fosse possível. Realmente, sob a ótica terrena seria mesmo impossível. Mas aconteceu.

Muito mais do que ressuscitar, ele prometeu voltar, até porque essa promessa já se encontrava registrada através dos profetas do Antigo Testamento. Convenhamos que, sob a ótica terrena, este fato
também é impossível de acontecer, até porque os olhos dos que vivem na Terra somente conhecem o que é terreno. Quanto tempo ainda demoraremos para perceber que a personalidade de Jesus transcende à pobre e distorcida pretensão do orgulho intelectual terreno?

Com que estatura moral, obrigamo-nos a repetir, pode alguém na Terra intentar pontificar com tanta certeza sobre o que transcende às possibilidades de percepção que caracteriza o atual nível de nossa existência?

Afinal, o que é que os Espíritos - e não os espíritas – dizem sobre o assunto? Quem pode fornecer essa resposta em nome dos espíritos?

Da mesma forma que os espíritas reclamavam - e ainda reclamam - dos que não conseguiram perceber o contexto espiritual que envolve a vida terrena, será que não estarão eles deixando de perceber o contexto cósmico que a tudo envolve, e no qual se insere a personalidade do Mestre e tudo
mais que o cerca, em especial, as suas hostes extraterrenas, nos tempos bíblicos tratadas como hostes angelicais?

Não se modifica um "til" da verdade pelo fato da ótica terrena não conseguir perceber isto ou aquilo. Também não deixará de acontecer a única promessa feita por uma autoridade celeste que esteve pessoalmente na Terra, pelo simples fato de não acreditarmos ser possível - e é bom recordar que ele ressuscitou, conforme prometera, e isso também era e é impossível para os padrões terrestres. No entanto, aconteceu; ou será que o que está descrito no Novo Testamento quanto aos fatos ocorridos é,
também, simples questão de simbologia? Se for, convenhamos, estamos todos nós, cristãos, vivendo uma grande ilusão já que nada do que está escrito é, de fato,verdade.

Assim, nada há nos registros históricos terrenos, referente ao futuro, que nos leve a pensar em um possível encontro com algum tipo de hierarquia cósmica, a não ser a promessa de Jesus em retornar
em toda a sua glória, acompanhado pelos seus anjos ou extraterrestres. E é exatamente no cumprimento da sua promessa que contexto extraterreno e o seu retorno se encontram.


Se bem recordarmos, no Antigo Testamento havia a promessa de sua vinda, e ele veio. Quando aqui esteve, resolveu prometer que retornaria. Por quer não o faria? Disse mais: que "passarão o céu e a terra, mas minhas palavras não passarão" (Lc, 21,33), ou seja, tudo poderia deixar de ocorrer, menos o cumprimento de sua promessa.


São poucos, muito poucos, os que acreditam no fiel cumprimento dessa promessa. Se ela não se cumprir, a história terrena não tem o menor sentido. Nela se insere o conceito que temos de Deus, da vida, de justiça divina, da vida após a morte, dos "céus e infernos" que nos cercam, de anjos e de outros seres da criação, etc., enfim, todo o pano de fundo filosófico da nossa existência, já que concernentes às indagações essenciais da humanidade, como por exemplo: quem somos? De onde viemos? Qual o significado da vida? Para onde vamos?

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