FONTE: REVISTA UFO 103
De toda forma, mesmo partindo da premissa que eles estão nos contatando, ainda assim, não é conclusão admitida por todos que os Espíritos existam como também os Seres Cósmicos ou Extraterrenos, o que transforma, diante da concepção geral, os espíritas como sendo aqueles que crêem e defendem a existência dos espíritos desencarnados e, os ufologistas, os que admitem, estudam e mesmo acreditam em seres que se situam além das fronteiras terrestres, o que é lamentável.
Aqui começam todos os nossos problemas, enquanto seres pensantes, diante de uma realidade cósmica a ser ainda decodificada sobre a qual absolutamente nada ou muito pouco sabemos. Apesar disso, já existem diversos segmentos no movimento espírita que defendem questões tão díspares sobre pretensas verdades, a elas se agarrando de forma doentia, esquecidos da prudência e da tolerância preceituada pelo codificador do espiritismo ao tomar como lema da doutrina o fato de que "fora da caridade não há salvação”. E torna-se imperioso observar que, "caridade" aqui não aparece no sentido de esmola, mas sim, de tolerância, de postura elegante e fraterna para com as diferenças no campo das idéias, sejam elas quais forem.
Da mesma forma, porém com outras cores emocionais, o movimento ufológico também se perde nos descaminhos de discutir pretensas verdades sem que, contudo, saiba-se ao certo coisa alguma, a não ser o óbvio que pode ser verificado pelos fatos e indicativos: está em curso, desde tempos imemoriais, um processo produzido por inteligências que não são terrenas o qual, na atualidade, responde pela fenomenologia ufológica. Todo o resto é motivo de discussão e não pode e nem deve ser tido como verdade pelos que estão envolvidos com os estudos ufológicos. O que não implica em que todas as teses e os diversos pontos de vista não possam e não devam ser estudados, antes de poderem ser classificados como bobagens ou equívocos.
O orgulho intelectual do ser humano, travestido de defensor da pureza dos ideais ou das idéias que julga defender - e muitos dos que se declaram religiosos tomam desse lema para justificar as agressões que fazem à honra alheia, esquecidos de que nada justifica causar danos à alma do próximo - o tem levado a cometer uma série de desatinos que não o qualificam para o trato com as coisas espirituais e celestes. Ainda assim, alguns pretendem ser autoridade sobre o que nada sabem.
Jamais podemos perder de vista a posição ou função que, por enquanto, nos cabe no processo de lidar com essas realidades: a de simples estudiosos e pesquisadores, nada mais. É essencial perceber que no trato com aspectos do contexto espiritual e do celestial não há doutores ou autoridades entre os que vivem na Terra. A mais não se pode pretender! Em não havendo autoridades, não poderá haver imposição de ponto de vista pessoal sobre os temas em questão, posto que não há outras verdades, por enquanto, a não ser o aspecto fenomenológico e o produto deste, em termos de mensagens reveladoras, que podem estar certas, parcialmente corretas ou simplesmente equivocadas, quanto aos contextos espiritual e extraterreno.
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