14 maio, 2006

31) REVELAÇÃO CÓSMICA Parte 7 (Jan Val Ellam)

FONTE:REVISTA UFO 103

Afinal, por que recorrer à Revelação Espiritual ocorrida na segunda metade do século XIX para pretender afirmar a existência de seres extraterrenos? Por que buscar nas informações dadas pelos Espíritos as notícias das muitas humanidades celestes? Por que, dirão os que acham que é misturar o que não dever ser misturado, recorrer ao Espiritismo para afirmar a Ufologia?

A Ufologia precisa disso?

Óbvio que não! Mesmo sem esses esclarecimentos, os fatos que anunciam o porvir planetário, em possível comunhão com outras humanidades celestes, já estão postos e continuam em curso pois que a fenomenologia ufológica nada mais seria, sob esta ótica, do que os primeiros momentos de um novo tempo para o nosso berço planetário e está ocorrendo e ocorrerá independente de tudo mais – inclusive da opinião de algumas poucas autoridades religiosas. Porém, qual o problema se já existirem algumas elucidações disponíveis, dadas por avançadas inteligências espirituais que, de onde se encontram, parecem ter informações privilegiadas sobre a questão?

Independente de percebermos o processo em curso, o que parece estar em jogo é o fato de as "revelações" ocorrerem na medida em que os encarnados possam apreender o seu conteúdo, valendo-se desses esclarecimentos para poderem evoluir, afastando-se da ignorância que é o maior entrave à liberdade e ao progresso do ser cósmico, esteja ele evoluindo onde estiver. Contudo, diferente da Revelação Espiritual que teve Espíritos comunicantes e o codificador terreno na pessoa de Kardec, a Revelação Cósmica não se dará por obra de nenhum terráqueo - apesar de todos poderem participar do processo, pois que o mesmo será progressivo e deverá ocupar o trabalho de gerações - mas sim, através da convivência clara e objetiva com os nossos irmãos cósmicos que já se preparam para os primeiros momentos dessa nova etapa evolutiva. Mas, enquanto isso não se der, somente nos resta a percepção do que nos pode ser dado pela nobre e correta interpretação dos fatos e não pelas crenças ou opiniões pessoais, como é o caso do presente artigo que pretende apenas semear reflexão em torno do tema.

Caminhamos até aqui para afirmar que, conforme entendemos, a única verdade da Ufologia é que algo muito sério está ocorrendo e, seja lá o que for, não é produto desta humanidade. Além dessa assertiva é a verdade presumível, partindo-se da premissa de que filosoficamente pode-se perceber o sentido do que é óbvio, em termos de realidade, apesar de ainda não provada pelos sentidos perceptivos do cérebro humano, de que, pelo que se pode depreender do nosso contexto histórico, esse fenômeno que parece ser tão antigo quanto a história desta humanidade, é promovido por inteligências outras que não as terrenas. Mais que isso não se pode no momento ser afirmado como sendo verdade e verdade presumível, pelo menos na ótica deste escrevente. Quanto às desagregações entre os diversos segmentos da ufologia, que sejam tidas como aspectos da nossa própria incapacidade de agir de maneira diferente, o que não impede o progresso da busca, das idéias e dos ideais. Afinal, cada pessoa tem as suas próprias conclusões quanto ao que é óbvio e se julga dotada de profundo bom-senso.

Quanto a essa matéria, o genial filósofo francês René Descartes, já havia registrado em um dos seus livros, “Discurso do Método”, que “O bom senso é, das coisas do mundo, a mais bem dividida, pois cada qual julga estar tão bem dotado dele, que mesmo os mais difíceis de contentar-se em outras coisas não costumam desejar tê-lo mais do que já têm. E não é verossímil que todos se enganem a esse respeito; pelo contrário, isso evidencia que o poder de bem julgar e distinguir o verdadeiro do falso, isto é, o que se denomina o bom senso ou a razão, é naturalmente igual em todos os homens. A diversidade das nossas opiniões não provém do fato de uns serem mais racionais do que os outros, mas tão-somente em razão de conduzirmos o nosso pensamento por diferentes caminhos e não considerarmos as mesmas coisas. Pois não basta ter o espírito bom: o essencial é aplicá-lo bem.”

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